Estimados leitores!
Bem-vindos (as) a esta página.
Gostaria que partilhássemos a nossa fé neste Deus-Menino que constantemente advém na nossa história pessoal e familiar a fim de nos oferecer uma proposta de salvação e de vida nova, quando celebramos já o 4º e último Domingo do Advento. Ao longo destas quatro semanas que precedem o Natal temos vindo a contemplar, através do silêncio e da meditação, este Deus que tanto amou o mundo e que decidiu encarnar fazendo-Se em tudo igual a nós excepto no pecado. Ele que é totalmente consubstancial ao Pai e também totalmente consubstancial à Virgem Maria Mãe. A Ele suplicamos que a nossa humanidade se dilua na Sua divindade.~
O Natal está à porta. Natal é um tempo em que a humanidade rende graças pela primeira vinda do Filho de Deus, simultaneamente é um tempo em que vive na expectativa da segunda vinda de Cristo. É a festa da família. Deixemo-nos interpelar por este Céu que desce até nós. Deus encarna por amor! É um mistério tão grande que eleva a humanidade da imanência à transcendência, da encarnação à escatologia, do amor recebido ao amor partilhado.
A esta altura acredito que já estamos preparados para O acolher: fomo-nos purificando das nossas falsas alianças, rompemos com os falsos deuses, e estamos mais predispostos a acolhermos Jesus Menino que, encarnando, nos traz a Salvação. E as leituras deste Domingo são muito sugestivas para todos nós que queremos viver cada vez mais intensamente a nossa condição de baptizados e de peregrinos em direcção ao Reino. Na primeira leitura o profeta Miqueias diz que o Senhor é fiel ao seu estilo habitual: fará nascer o Salvador, não de uma grande cidade como Jerusalém mas de Belém. Ele será a Paz. Na segunda leitura vemos que é necessário que os homens acolham num “sim” total ao projecto de Deus que consiste em fazer a Sua vontade. E, finalmente, na terceira leitura ou Evangelho vemos Maria correndo sobre os montes, levando o evangelho, Jesus, em seu ventre, assumindo assim a figura do mensageiro de boas notícias de Isaías 52,7: «Como são belos sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia boas novas a Sião…». Vemos também Maria como figura da Arca do Senhor, que abençoa a casa de Isabel, permanecendo com ela cerca de três meses, tal como em 2 Samuel 6,11. E Isabel sua prima cheia do Espírito Santo saúda Maria com a segunda parte da oração a Nossa Senhora: “Bendita és tu entre as mulheres”, “… A mãe do meu Senhor”.
As palavras de Isabel são proféticas, fruto de uma luz sobrenatural que lhe fez ver que o mexer-se do menino no seu seio não era casual, mas que exultou de alegria. Como Isabel e João Baptista que, ainda no seio de sua mãe, exultou de alegria com a vinda do Salvador, exultemos nós também e vivamos este Natal como um dom. Então assim, o tempo de Natal será caracteristicamente regido por um amor partilhado como uma dádiva. Então, o tempo de Natal será caracteristicamente regido por um amor vivido e partilhado até ao mais extremo grau, independentemente das nossas diferenças. Sejamos mais amáveis e solidários uns para com os outros nestes tempos que são difíceis para todos. Nesse caso é agora que somos chamados a mostrarmos o nosso rosto sócio-caritativo para com os mais marginalizados, os mais desprotegidos, como testemunhas do amor entranhável e misericordioso do nosso Deus.
Que a quadra festiva venha a simbolizar-se não somente nas cinco festas natalícias (o Nascimento, a Sagrada Família, a Santa Maria Mãe de Deus, a Epifania e o Baptismo do Senhor) mas sobretudo acolher Jesus no nosso coração, nas nossas vidas. Deixemo-nos transformar por Ele para nos deixarmos dominar pelo Seu amor; então, conseguiremos ser portadores do Seu Evangelho como Maria, testemunhas do Seu Reino como João Baptista e testemunhas da Sua santidade como o Apóstolo João.
Pe. Daniel Sachipangue
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