"Aquele que é sem pecado coloca-se entre os pecadores para fazer-se baptizar, para cumprir este gesto de penitência; o Santo de Deus une-se a quantos se reconhecem necessitados de perdão e pedem a Deus o dom da conversão, isso é, a graça de voltar-se a Ele com todo o coração, para ser totalmente seu. Jesus quer colocar-se do lado dos pecadores, fazendo-se solidário com esses, exprimindo a proximidade de Deus. Jesus mostra-se solidário connosco, com o nosso esforço de nos convertermos, de deixar os nossos egoísmos, de separar-nos dos nossos pecados, para dizer-nos que, se O aceitamos na nossa vida, Ele é capaz de levantar-nos e nos conduzir a Deus Pai. E esta solidariedade de Jesus não é, por assim dizer, um simples exercício da mente e da vontade. Jesus imergiu-se realmente na nossa condição humana, viveu-a até o fim, excepto no pecado, e é capaz de entender a fraqueza e a fragilidade. Por isto Ele se move pela compaixão, escolhe “sofrer com os homens”, fazer-se penitente junto a nós. Esta é a obra de Deus que Jesus quer cumprir: a missão divina de curar quem está ferido e remediar quem está doente, tomar sobre si o pecado do mundo."
"Queridos irmãos e irmãs, o que acontece no Baptismo que daqui a pouco administrarei às vossas crianças? Acontece propriamente isto: serão unidos de modo profundo e para sempre com Jesus, imersos no mistério deste seu poder, isto é, no mistério da sua morte, que é fonte de vida, para participar da sua ressurreição, para renascer a uma vida nova. Eis o prodígio que hoje se repete também para as vossas crianças: recebendo o Baptismo, renascem como filhos de Deus, participantes da relação filial que Jesus tem com o Pai, capaz de dirigir-se a Deus chamando-O com plena segurança e confiança: “Abbá, Pai”. Também sobre as vossas crianças o céu está aberto, e Deus diz: estes são os meus filhos, filhos da minha complacência."
Papa Bento XVI,
Homilia na Celebração Eucarística do Baptismo do Senhor,
13 de Janeiro de 2012
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