02 março, 2013

Orar à maneira de Jesus e daqueles que se encontraram com Ele... (IV)




2) Oração de adoração e louvor

         São aquelas orações que têm a ver com uma confissão de fé na divindade da pessoa de Jesus e na sua actividade messiânica.
         Sobre o reconhecimento e a proclamação da divindade de Jesus, temos os seguintes textos no IV evangelho:

         «Rabi, tu és o Filho de Deus» (1,49); «Senhor, a quem iremos? Tens palavras de vida eterna e nós cremos e reconhecemos que tu és o santo de Deus» (6,68-69); «Eu creio, Senhor!» (9,38); «Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que vem ao mundo» (11,27); «Agora vemos que sabes tudo e não tens necessidade de que alguém te interrogue. Por isso cremos que saíste de Deus» (16,30); «Meu Senhor e meu Deus!» (20,28).

         No que diz respeito à confissão de fé na sua actividade messiânica, temos estes outros:
«Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo» (1,29); «Rabi, tu és o Rei de Israel» (1,49); «Esse é, verdadeiramente, o profeta que deve vir ao mundo» (6,14); «Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e o rei de Israel!» (12,13).

      Digno de destaque nestas diversas orações de adoração e louvor é que todas elas não ficam apenas por nos dar informações acerca da pessoa de Jesus, mas indicam qual deve ser a atitude do cristão diante da pessoa e da actividade de Jesus.

       Como os seus contemporâneos, também nós somos convidados a confessar a Jesus que reconhecemos nele o mestre (1,49), o Senhor (9,38), o dador de vida (6,68), o Filho de Deus (11,27), o Santo por excelência (6,69), o Salvador (11,27), o único e verdadeiro profeta digno deste nome (6,14) e o único e verdadeiro rei investido de poderes divinos (12,13).

         Porém, se louvamos e adoramos Jesus desta maneira, com todos estes reconhecimentos e proclamações labiais, não devemos esquecer que depois deles segue-se um adequado compromisso na vida.
         Ao confessarmos com a boca ser Jesus o mestre, temos, então, de nos deixar instruir por ele; se confessamos ser o Senhor, temos, então, de nos deixar guiar por ele; se confessamos ser o nosso dador de vida, temos, então, de dar frutos de vida; se confessamos ser o Filho de Deus, temos, então, de nos entregar totalmente a ele; se confessamos ser o santo, temos, então, de caminhar com ele na santidade; se confessamos ser o salvador, temos, então, de nos deixar olhar e salvar por ele; se confessamos ser o profeta, temos, então, de escutar a sua palavra; se confessamos ser o rei, temos, então, de nos deixar governar por ele.


         No fundo, é sempre a velha questão de devermos rezar com a nossa verdade pessoal. E esta acontece quando as nossas palavras de louvor e adoração se traduzem na vida e a vida se traduz nas nossas palavras!...

Pe. Vasco

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