Meu doce Jesus, no regaço da tua Mãe, apareces-me, envolto
em luz de amor. O amor, eis o inefável mistério que te exilou da celeste
morada... Ah! Deixa-me ocultar sob o véu, que aos olhos humanos Te esconde e
junto de Ti, ó Estrela Matutina! Encontrei o meu antegozo do céu.
Desde o nascer de cada nova aurora, quando aparecem os
primeiros raios de sol a delicada flor que começa a abrir, esperança do alto um bálsamo precioso, é o orvalho
benéfico da manhã, totalmente cheio de uma doce frescura que produzindo uma
seiva abundante do fresco botão faz entreabrir a flor.
Tu és Jesus, a flor que acaba de abrir-se, contemplo-Te no
teu primeiro despertar, és Tu Jesus, a deslumbrante rosa, o fresco botão,
gracioso e cor de ouro. Os puríssimos braços da tua Mãe querida, foram para ti
um berço, trono real, o teu doce sol, é o seio de Maria e o teu Orvalho, o
leite virginal!...
Meu Bem-amado, meu divino Irmãozinho, no teu olhar vê todo o
futuro, credo por mim deixarás a tua Mãe, o amor já Te impele a sofrer mas
sobre a cruz, ó flor desabrochada! Eu reconheço o teu perfume matinal, eu
reconheço o orvalho de Maria O teu sangue divino, é o leite virginal!...
Este orvalho esconde-se no santuário, o anjo dos céus
contempla-O deslumbrado, oferecendo a Deus a sua oração sublime como S. João,
repete: «Ei-l’O aqui», sim ei-l’O, o verbo feito Hóstia, Sacerdote Eterno,
Cordeiro Sacerdotal, O filho de Deus, é o Filho de Maria o pão do anjo é o
leite virginal.
O Serafim alimenta-se da gloria, no paraíso o seu gozo é
perfeito eu, frágil criança, só vejo no cibório a cor, a figura do leite mas, é
o leite que convém à infância e o amor de Jesus é sem igual o terno amor!
Insondável poder, a minha Hóstia branca, é o leite virginal!...
Santa Teresinha, Recolhido por Fr. Vitor
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