26 fevereiro, 2014

Duelo de rivais



Título original: Rush
Realizador: Ron Howard
Com: Daniel Brühl, Chris Hemsworth, Olivia Wilde
Género: Acção, Biografia, Drama,
Outros dados: M/12, EUA/RU, 2013, 122 min, Trailer


Nunca fui um grande fã de Formula 1. No entanto já tinha ouvido falar em Niki Lauda, piloto austríaco muito conhecido pelo grave acidente que teve durante o Grande Prémio da Alemanha em 76. Quando soube que ía sair um filme sobre estes factos decidi pesquisar um pouco mais sobre a sua vida e fiquei com grande vontade de ver o filme.

Ron Howard (realizador) cria um filme onde, simultaneamente, existe drama e humor. As boas interpretações e o excelente trabalho cinematográfico levam-nos a crer que estamos mesmo dentro de um grande circuito de Formula 1.

Rush conta-nos a história incrível e verídica de dois pilotos, e da marcante rivalidade entre eles. Um é Niki Lauda, austríaco, conhecido pela sua capacidade de análise e rigor. O outro é James Hunt, inglês, conhecido pela sua velocidade e por ter uma vida controversa fora das pistas.

O filme vai-nos dando a conhecer a vida, a personalidade e a rivalidade entre estes dois corredores, desde o momento em que se conhecem, numa prova de Formula 3 em Inglaterra no ano de 1970, até ao fim do campeonato de 1976. Pelo meio tomamos conhecimento da vida dentro e fora das pistas, desde o negócio dos contractos aos momentos mais emocionados que antecedem as perigosas corridas. O ano de 1976 ficou não só conhecido pela grande disputa do campeonato, entre Lauda e Hunt, mas também devido ao grave acidente que se deu a 1 de Agosto desse mesmo ano, levando Lauda a ficar em risco de vida e com marcas no rosto para toda a vida.

A partir deste momento, o filme torna-se ainda mais rico e entusiasmante, ao contrário do que se poderia prever. A convalescença de Lauda no hospital, enquanto assiste às corridas e à recuperação do seu rival, deixa-nos impressionados e o seu regresso às corridas, apenas seis semanas depois do acidente, relembra-nos, mais uma vez, de que a esperança é a última a morrer. Muitas vezes ficamos sem esperança, depois de alguma dificuldade que possamos passar. Achamos que os nossos sonhos vão por “água abaixo” e que, é difícil lutar por aquilo que nos traz alegria. Mas há sempre Alguém que nos ama e que, directa ou indirectamente, nos faz querer continuar.

Quem sabe se a Fórmula 1 não ganhou um novo adepto?


António Oom Costa, in http://www.essejota.net/

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