01 fevereiro, 2014

Patriarca de Lisboa pede aos «servidores da justiça» para se deixarem iluminar pela «inspiração bíblica»



«Deixai-vos iluminar, de facto, pela inspiração bíblica, cada vez mais acolhida no coração e na inteligência, donde promane uma justíssima vontade», pediu esta quarta-feira o patriarca de Lisboa aos «servidores da justiça».

As palavras de D. Manuel Clemente, publicadas no site do Patriarcado, foram proferidas na sé patriarcal lisboeta, durante a missa de abertura do novo ano judicial.

«Falei de “inspiração”, porque assim reconhecemos a tradição bíblica, como foi passada a escrito pelos nossos antepassados na fé. Por isso a lemos e relemos, para que tome bem conta dos nossos corações, como semente caída em boa terra, que assim germina, consequente e forte», apontou.

«A partir de Deus, iremos onde a sua inspiração nos levar, sempre muito além e até diversamente do que prevíamos», acrescentou.

O patriarca pediu aos participantes na celebração para que a Bíblia seja para eles fonte de interpelação permanente: «E sem nos habituarmos superficialmente a uma Palavra que, bem pelo contrário, nos desabitua e alarga sempre».

«Inconstância ou acolhimento, eis o que determina da nossa parte a diversa consequência da inspiração divina, no que somos ou não somos, no que decidimos ou não e no modo como tudo isso aconteça», afirmou.

O também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sublinhou que no âmbito da justiça «cada caso é um caso, mas contém sempre um ser humano, tantas vezes para humanizar ainda e muito».

O prelado mostrou-se convicto de que os agentes judiciais são «especiais colaboradores» do «Deus da justiça e da paz», para que estas «se pratiquem no mundo».

«Acreditai que Deus está convosco e acreditai-vos com Deus, em confiança profunda no que Ele quer fazer através de vós, para que a cada um seja dado o que lhe é devido», apelou o patriarca.

D. Manuel Clemente lembrou que «a Igreja serve a sociedade como “inspiração” e aproxima-se da justiça humana para lhe oferecer o que acredita convictamente ser uma divina potenciação».




Rui Jorge Martins, in © SNPC | 30.01.14

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