28 dezembro, 2012

VIGÍLIA DE ORAÇÃO COM SANTA TERESINHA





Após o início do noviciado, no 2 de Setembro de 2012, no dia 1 de Outubro, nós, os noviços, organizamos uma vigília de oração com Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, com os cristãos da paróquia de Avessadas e de Rosem.  

O tema desta vigília foi “Orar Com Santa Teresinha”. A vigília decorreu num dos claustros do convento. Neste ambiente tão propício para a oração e para o silêncio. O mundo de hoje não entende a oração, porque não entende o silêncio, não entende esse momento em que prescindimos das palavras, dos movimentos exteriores e interiores, em que descemos ao mais íntimo de nós mesmos, a esse espaço intimíssimo, onde, além de nós, nenhuma outra pessoa pode entrar. É nesse espaço mais íntimo que vemos quem somos, que vemos como somos, que nos apercebemos do rumo dos nossos passos, do sentido do nosso caminho. Só no silêncio é que podemos sentir e contemplar a Deus no nosso interior. 

O barulho do nosso dia-a-dia, muitas vezes, impede-nos de meditar. Não fazemos silêncio porque temos medo do silêncio, porque temos medo de ver quem somos, como somos; temos medo de que as nossas máscaras caiam e tenhamos que nos confrontar com a nossa pequenez, que tantas vezes mascaramos com soberbas e orgulhos; temos medo de perceber o sem sentido dos nossos passos; temos medo de ouvir as nossas palavras tantas vezes hipócritas; temos medo de ver que deixamos de olhar aqueles que mais nos amam; temos medo de sentir os impulsos de desamor do nosso coração. Eis que o silêncio se torna, assim, a mais eloquente melodia: a melodia dos nossos acertos e desacertos, das nossas harmonias e desarmonias. Indo mais profundo, descobrimos que o nosso coração, o nosso olhar e o nosso falar são chamados a mais, são convocados para “algo mais”, que não encontramos no decorrer habitual do nosso mundo. Mas, tantas e tantas vezes, este apelo a “algo mais” fica esquecido, como esquecida fica aquela pequena flor que um dia nos espantou. 

«A oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria; enfim, é algo de grande, de sobrenatural, que me dilata a alma e me une a Jesus» (História de uma alma, Ms C25 rº-vº).

Esta vigília encerrou com o evangelho de são Lc 11, 9-13 proclamado pelo Pe. Superior do Convento de Avessadas, Santuário do Menino Jesus. Este evangelho exorta-nos a orar ao Pai incessantemente, pois Ele sempre atende aqueles que se Lhe dirigem. Ele não deixa de enviar aos seus filhos o Espírito Santo, o qual nos ensina a orar e que ora connosco ao Pai, para que um dia cheguemos à perfeita união de amor com Deus, para que cheguemos a participar verdadeiramente da natureza divina.

Fr. Eugénio e Fr. Vitor

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