07 abril, 2014

Vamos conhecer melhor a Ir.ª Lúcia?


Percorrer a vida daqueles que nos precederam na vida e na fé é um exercício magnífico, inspirador e interpelador. Mais ainda quando tudo é feito à luz daquele "trato de amizade com Aquele que nos ama" (Santa Teresa de Jesus). Convido-vos a fazer esta descoberta comigo, de uma das mais belas mulheres da Igreja do século XX, agora apresentada em biografia pelo Carmelo de Coimbra: a Ir.ª Lúcia de Jesus. A Pastorinha de Fátima que teve uma ligação tão próxima com Maria, nas Aparições em Fátima e ao longo da sua longa vida, torna-se assim sinal de esperança e de renovada conversão a Jesus, ao Jesus Escondido que era tão querido do pequeno Francisco.



"Com a simplicidade com que ela viveu, vamos acompanhá-la no seu longo caminho, onde os espinhos não faltaram, mas por onde correu em abundância, como água cristalina de uma nascente sempre em direcção ao mar, o amor que lhe deu força na sua passagem pelo mundo, que para ela foi apenas o caminho para Deus" (Biografia da Irmã Lúcia, pág. 7). Sim, esta é a primeira lição que a Pastorinha de Fátima nos dá: a simplicidade não é sinónimo de facilidade; a forma simples, obediente e despojada com que viveu a sua vida, faz-nos perceber, a partir da nossa existência pessoal, que os problemas e as dificuldades podem ter sempre um novo olhar, que se torna renovador e libertador: o olhar de Deus.
Aqui surge uma segunda lição: "Foi uma vida enamorada de Maria. Ela quando se via envolvida por muitas pessoas, atenções e solicitações, costumava dizer: é tudo por causa de Nossa Senhora! E Nossa Senhora diria se a ouvíssemos: "é tudo por causa de Jesus!" Sim, porque tudo está dirigido a Ele na nossa vida" (Biografia, pág. 7). Uma pessoa apaixonada vive sempre pela pessoa amada. A vida da Irmã carmelita ensina-nos a ver isso mesmo; mostra-nos e faz-nos sentir que não é ela a figura principal, mas Aquele a quem ela se quis unir de forma tão especial. Primeiro, na sua infância, com as Aparições; depois nos seus anos de irmã Doroteia; por fim, como irmã Carmelita Descalça. Por tudo isto a sentimos e percebemos bem-aventurada. Tal como o sentimos e percebemos em relação aos seus primos.
Que esta caminhada com a Irmã Lúcia nos ensine e provoque a querermos ser chamados filhos de Nosso Senhor e de Maria. Que assim seja!

Filipe




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